Alguns meses atrás, poucos tinham ouvido falar de coronavírus, muito menos pensavam que uma variedade particularmente virulenta iria destruir instituições e sociedades inteiras. No entanto, é isso que está acontecendo na onda do novo corona vírus COVID-19. As viagens chegaram a um ponto de estagnação. Vários países foram bloqueados. Reuniões públicas e eventos públicos importantes foram cancelados ou adiados indefinidamente, incluindo eventos esportivos, festivais de música e convenções. Igrejas em áreas fortemente atingidas interromperam os serviços e outros eventos da igreja. Algumas organizações adventistas estão incentivando os funcionários a trabalhar em casa. Sendo educadores da mordomia, como devemos responder a esta crise?

Consolando o Povo de Deus

Recentemente, minha cunhada, uma pessoa não cristã, me perguntou se Covid-19 é o resultado da ira de Deus. A resposta pode não ser fácil, mas Deus certamente é a solução tanto para o vírus quanto para o medo do vírus. Esta é a mensagem de conforto que Deus nos confiou para este tempo. Atualmente, muitas pessoas são confrontadas com temores relacionados às necessidades básicas, valor pessoal e o desconhecido. Muitos estão fazendo perguntas legítimas sobre contaminação, tratamento, vacinas, alimentos e o futuro. Curiosamente, uma grande parte do Sermão da Montanha (Mateus 6: 24-34) fala de medos semelhantes presentes entre os ouvintes de Jesus. Sem negar ou minimizar a realidade desses medos, Jesus aponta para a solução definitiva: “Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas serão acrescentadas a vocês” (Mateus 6:33 NVI).

Quando escolhemos colocar Deus em primeiro lugar, temos o Provedor de tudo ao nosso lado, aquele que enviou maná do céu, que fez a água jorrar da rocha e curou aqueles que foram picados pelas serpentes venenosas. Quando Deus vem em primeiro lugar, os indivíduos começam a se perceber como filhos e filhas do rei dos reis, pessoas de grande valor. Nós não somos números insignificantes, somos valores importantes. Quando Deus, aquele quem sabe de tudo, vem em primeiro lugar, o desconhecido perde seu poder estressante.

Além disso, ele tem poder sobre as circunstâncias da vida, inclusive sobre doenças e morte. A mensagem do Ministério de Mordomia de Deus em primeiro lugar é um poderoso antídoto para os medos predominantes.

Rogando Pela Fidelidade Ininterrupta

Esta crise nos dá uma oportunidade de expandir a noção dos membros sobre doar. Muitos crentes cultivam o bom hábito de levar seus dízimos e ofertas quando vão assistir aos serviços de adoração na igreja. Essa prática surge de dois bons princípios:

O princípio da casa do tesouro e a ideia de nunca comparecer à igreja de mãos vazias. Mas, e se a igreja não estiver aberta naquele dia, ou se você não puder frequentá-la por um longo período – por causa do Covid 19 ou por qualquer outra razão? Deveriam o culto e a participação através da doação se aposentar?

Convém lembrar a todos que a primeira ocorrência de dízimo registrada (Gênesis 14:20) não fazia parte de uma cerimônia religiosa ou qualquer culto, e que Paulo realmente separou o primeiro dia da semana como o tempo para dar à obra do Senhor (1 Cor. 16: 2). Afinal, devolver o dízimo e dar ofertas não é algo que devemos à própria igreja, ao contrário, é uma resposta de amor a Deus. A fidelidade só pode fortalecer nossa confiança no Dono e Fornecedor de tudo.

Em tempos de distanciamento social e fechamento de igrejas, a igreja precisa explorar meios alternativos para os membros devolver o dízimo e dar ofertas. Esses meios podem variar de lugar para lugar, dependendo de fatores como acesso às instituições financeiras e familiaridade com / ou acesso à tecnologia. Alguns crentes já têm acesso fácil a um aplicativo de doação. Em outros lugares, os membros estarão familiarizados com transferências entre contas bancárias. Ou eles podem simplesmente enviar um cheque pelo correio.

O importante é que nós promovamos a doação como resposta à doação de Deus todas as vezes que ele dá e não como um evento específico que exige nossa presença em um determinado momento e local. Enquanto incentivamos o distanciamento social, não sejamos mesquinhos em dar conforto. Podemos ser os alto-falantes através dos quais estas palavras ressoam: “Mesmo quando eu andar por um vale de trevas e morte, não temerei perigo algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem” (Sal. 23: 4). Busquem sabedoria e continuem a liderar o povo de Deus na adoração e na parceria ininterrupta.

—Equipe de Mordomia da AG